AFORTUNADO DESAMPARO
Apresenta-se a estrada
Viajo ao norte intangível
Tortuoso se faz o caminho
Solitário vagueia minha vontade
Desafortunado hei de ser
Em meio há pontes sempre seguras
Errante a intenção se vai
Nos límpidos castelos inabaláveis
Amparado nas desesperadas certezas
Não me é permitido o ser há mim
Tísica propriedade mental
Contra-senso do real
Eu?
Refaço-me ao desfazer em mim
O desamparo me acolhe
Potência cinética
À vontade não mais errante transmutada
Me faz:Vetor imponderável
Despejado em Intenção
A verdade hei de não ser mais
Afortunado estou em sorriso inquieto
Do que não há mais
Do que não há mais de ser
Do que não há mais de ter sido
No desamparo encontrei sorte destino dos afortunados
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