O FMI (link no post) fez um levantamento sobre as ações e medidas dos países para combater a crise, com base nesse levantamento fiz uma pesquisa para ver quais países oferecem medidas de suspensão ou moratória de pagamento para as pessoas claro que varia o tempo e tipo de conta a ser paga: Barbados, Áustria, Bolívia, Bósnia, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Israel, Honduras, Maldivas, Montenegro, Marrocos, Eslovênia, Malásia, Eslováquia, EUA, Sérvia, Singapura, Espanha, Portugal, Ucrânia, Islândia, Uzbequistão, Noruega, Omã, Bélgica, Japão, Madagascar, Tunísia, Panamá, Suíça, Peru, Polônia, Romênia, Rússia, Turquia e Croácia.
Ainda com base no levantamento do FMI, eu pesquisei quais países tomaram medidas permitindo redução de salários por parte das empresas, nesse sentido alguns países foram encontrados, contudo em todos os casos o governo complementa o salário o restante do salário ou se não completa totalmente oferece um série de compensações, como as apontadas acima, além de subsidiar uma porcentagem bem maior do que a medida do governo brasileiro são exemplos todos os já citados além de: Dinamarca, Irlanda, Holanda, Nova Zelândia, Inglaterra, Albânia e Bulgária.
Ressalta-se que em nenhum país se propõe redução de salário do funcionalismo público, pois isso seria uma medida recessiva, como expõe economistas como Monica de Bolle, Erik Bergolf, Laura Carvalho e outros, além de nenhum outro economista respeitado no mundo propor algo nesse sentido, essa é mais uma falácia baseada em clichês e pura ideologia que cheira a naftalina de tão antiga e ultrapassada, quais as bases empíricas para essa proposta? Com isso não se defende a manutenção dos supersalários, pois esses sim não já são excrecências em qualquer momento.
Mas ao invés da defesa da redução geral de salários dos funcionários públicos, vamos defender cortes automáticos de todos os auxílios dados no judiciário, ministério público e legislativos em todos os níveis, vamos além, vamos cortar em 70% as verbas de gabinete dos legislativos em todos os níveis da união. Vamos também fazer como vários outros, menos organizados fiscalmente do que o Brasil e dar compensações para aqueles que perderam valor nominal do salário não terem perda do poder aquisitivo, pois o menor poder aquisitivo teria como consequência uma medida recessiva e que faria perder o sentido inicial de manutenção de emprego, pois as empresas sofreriam com a falta de demanda maior ainda, (Ver economistas como Richard Baldwin, Ricardo Reis, Ken Rogoff, Beatrice di Mauro e outros).
Tomando como base o levantamento do FMI as medidas do Brasil são das mais lentas a serem implementadas em comparação a todos os outros países, bem como são ações mais tímidas, os países tem direcionado suas ações para manter o poder aquisitivo das pessoas no Brasil a primeira medida anunciada já mostra que essa não é a direção do Brasil, o que deve aprofundar mais ainda a crise, pois medidas recessivas terão um efeito bola de neve, a equipe econômica claramente não está entendendo a profundidade e extensão da crise. O Brasil merece mais do governo, da equipe econômica e da maior parte dos economistas que fazem parte do mainstream que dominam o debate público baseados em manuais e soluções antigas que não dão conta de um mundo complexo, quem diz isso são diversos economistas e não eu, esse que vos escreve é um leitor e cidadão brasileiro que vê o Brasil indo contra o que proposto e feito no mundo todo.
Alguns links para artigos, estudos e evidências:
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